sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Política e Saúde Mental na pauta do Gey Espinheira



    


O mês de agosto foi marcado por intensa atividade política no CAPS Gey Espinheira. No dia 30 houve a visita de uma comitiva de deputados federais capitaneada por Nelson Pellegrino e pelo Secretário de Justiça Estadual, Almiro Sena, com o intuito de obter um entendimento melhor da problemática dos usuários de crack em tratamento na unidade. Tendo em vista a iminência da internação compulsória e a  liberação de verba por parte do governo federal para as comunidades terapêuticas, a comitiva escutou a voz dos usuários do serviço que já passaram por internações em algumas dessas comunidades. Os usuários presentes pontuaram os aspectos negativos de suas estadias nessas comunidades – aspectos que foram da falta de liberdade para escolher uma leitura que não fosse religiosa até a imposição de prestarem serviços que favoreceram o lucro de tais instituições. Em contrapartida, tais usuários reforçaram sua apreciação pelos cuidados que estão recebendo no CAPS – e que pese o fato de que os funcionários do serviço praticamente não se pronunciaram, já que foram os usuários que com suas auto-estimas e autonomias ressignificadas que se propuseram a narrar em primeira pessoa suas experiências. A demanda desses últimos foi manifesta no sentido de que o governo favorecesse as condições estruturais para que o CAPS possa realizar seus serviços a contento e que outras unidades como essa sejam inauguradas.








Tom  Valença





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Espinheira Viva!





Apresentação da banda Espinheira Viva! no CAPS Gey Espinheira no Dia Cultural (30/07/2011). A música apresentada é Kaya da autoria de Rafael de Melo e Gilmar Soró. A banda é formada por usuários do serviço, funcionários e alguns amigos.

Voz: Rafael de Melo
Violão e voz: Márcio Dutra
Guitarra: Miguel Franco
Baixo: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão e vocal: Edilton dos Santos
Percussão: William Oliveira
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins

Espinheira Viva!



A banda Espinheira Viva! em apresentação  no Dia Cultural em 30/07/2011 no CAPS Gey Espinheira. A música Não há Nada foi composta por Márcio Dutra. A banda é formada por usuários do serviço, funcionários e amigos.

Violão e voz: Márcio Dutra
Baixo: Miguel Franco
Teclado: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão: Edilton dos Santos
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins

Espinheira Viva!




A banda Espinheira Viva! em apresentação  no Dia Cultural em 30/07/2011 no CAPS Gey Espinheira. A música O que Vale  foi composta por Márcio. A banda é formada por usuários do serviço, funcionários e amigos.

Violão e voz: Márcio Dutra
Voz: Rafael de Melo
Guitarra: Miguel Franco
Baixo: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão: Edilton dos Santos
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins

terça-feira, 5 de julho de 2011

O CAPS Gey Espinheira no São João do CAPS Nise da Silveira

 

No dia 16/06 o CAPS Gey Espinheira participou do São João realizado pelo
CAPS Nise da Silveira em Cajazeiras, junto com outros CAPS convidados.  A equipe do Gey Espinheira participou da comemoração com alguns usuários do serviço.
Foi uma festa arretada de boa, São João dos verdadeiros, onde houve
brincadeiras como dança da laranja, quebra pote, argola, bingo com sorteio
de balaios recheados de comidas típicas, sem falar nas deliciosas opções de guloseimas como amendoim, milho cozido, canjica, mingau de vários sabores, laranja e bolos de todos os tipos. E é claro que não podia faltar a quadrilha junina. Belo rastapé!

Janaina Costa















Fotos: Janaina Costa

sábado, 11 de junho de 2011

Domingo Cultural VI



       A sexta edição do Domingo Cultural  ocorrida no dia 29 de maio girou em torno da celebração da luta antimanicomial, trazendo para o espaço da Unidade um público diferenciado das edições anteriores. Em função do I Encontro baiano de estudantes antimanicomiais, um grupo com cerca de trinta alunos de Psicologia esteve presente, contribuindo com sua animação para marcar um espaço de interlocução que vai para além dos usuários e do território ao redor, vai para a população que acredita na importância do tema e da luta sustentada pela Reforma Psiquiátrica.  Em função do envolvimento das várias atividades acontecendo na cidade celebrando o tema, os sujeitos da grade de atrações originalmente planejada foram cambiados, abrindo espaço para que o imprevisto oferecesse ótimas surpresas.
     Enquanto acontecia um bazar cuja renda foi revertida para aquisição de material para realização de oficinas, o ator Zé Carlos realizou um pocket show inspirado num texto de Fernando Pessoa que ressignificou as possibilidades de explorar o tema do isolamento humano. Sua apresentação foi entusiasticamente aplaudida pelo público. Em seguida, duas atrações musicais puseram ritmo na celebração. Inicialmente o Bando de Águas Claras trouxe o seu forró de forma que o público presente rapidamente começou a dançar com movimentos que em nada deixaram a desejar às quadrilhas juninas. Logo após, a Flores da Massa, anunciada como banda de Reggae, mostrou sua versatilidade com canções de Raul Seixas, Legião Urbana, Bob Dylan e Pink Floyd. Só depois de desconstruir a expectativa inicial a banda partiu para o ritmo jamaicano – vale destacar a presença maciça de usuários nas apresentações das duas bandas, explicitando como a música pode ser um forte fator de integração na reinserção de sujeitos que até pouco tempo não tinham espaço para fazer com que suas vozes fossem escutadas.
 Tom Valença.
























Fotos: Tom Valença

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O CAPS Gey Espinheira na Parada do Orgulho Louco



Em 21/05/11, numa manhã de sábado no bairro da Barra, a 4◦ Parada do Orgulho  Louco transcorreu  com a adesão de cerca de mil e quinhentas pessoas. O céu carregado de nuvens não chegou a desaguar de forma intensa no trajeto compreendido entre o Cristo e o Farol o que facilitou a adesão dos transeuntes à Parada, em grande parte organizada por usuários de serviços de saúde mental em luta pela efetivação da Reforma Psiquiátrica – vale ressaltar a presença fundamental do Coletivo antimanicomial da Bahia na articulação do evento. Palhaços, malabaristas, menestréis e dançarinas realizaram diferentes manifestações de apoio ao movimento antimanicomial, ao lado de funcionários de vários CAPS e outros serviços de Saúde Mental, tendo como trilha sonora as músicas de Raul Seixas tocadas pela  banda Sombra Sonora, que usou como palco um Trio Elétrico. Integrantes da equipe do Gey Espinheira acompanhando alguns usuários do serviço estiveram presentes na Parada. Estes usuários, depois do estranhamento inicial em relação à multidão, se sentiram acolhidos pelo movimento de pessoas cantando, dançando e celebrando a possibilidade de dar voz aos que até algum tempo atrás não tinham espaço para veicular suas vozes. Nesse sentido, um dos bordões “raulseixistas” mais entoados pela galera foi: “sonho que se sonha só/ é só um sonho que se sonha só/ mas sonho que se sonha junto é realidade!”.

Tom Valença

 













Fotos: Alessandra Tranquilli/ Fernando Costa