CAPS AD III Gey Espinheira
CAPS AD III Gey Espinheira
terça-feira, 25 de setembro de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Aniversário do CAPS Gey Espinheira
Na terça-feira 14/08, o Gey
Espinheira comemorou dois anos de existência. Foi realizada uma festa para
marcar a data com a participação não apenas de funcionários e usuários, mas
também com representantes de outras unidades da rede e familiares dos usuários.
Como cenário o auditório do serviço ganhou cores e formas que emanaram das
obras plásticas dos usuários expostas, assim como dos aromas vindos das mesas com variados
quitutes.
Abrindo os serviços, Allann Carneiro, psicólogo, apresentou um relato expondo os números que quantificam o
atendimento no serviço: acolhimentos, matrículas, atividades regulares, entre
outros dados. Depois, o mesmo explanou sobre o paradigma da Redução de Danos e
as práticas da Unidade relacionadas. Dando seguimento aos serviços, o
antropólogo Tom Valença fez uma “contação de história” retrospectiva do Gey
Espinheira com fotos que abrangeram a
inauguração do Serviço, passando por um batismo de Capoeira de moradores do
território na Unidade, os Domingos Culturais, assim como os registros de
oficinas dentro e fora da Instituição, chegando até a última festa junina.
No
momento seguinte, as técnicas e os
técnicos de enfermagem: Suzana Batista, Jucélia Souza, Márcio Xavier e Antoniel
Lázaro juntamente com a terapeuta
holística Iracema Soares apresentaram um Teatro de Bonecos (confeccionados pelos mesmos) cujo tema foi "um convite para que os usuários participassem da comemoração". A
plateia interagiu calorosamente, e vale citar que após o discurso de
agradecimento da nova gerente, Ivone Santana, os usuários fizeram questão de
agradecer ao Gey Espinheira, pela oportunidade de poderem mostrar para eles
mesmos e para a sociedade, que usuários de drogas possuem valor, pois acima de
tudo são seres humanos.
Ao final da jornada, os comes e
bebes foram apreciados com o envolvimento que um serviço ainda jovem, mas com a experiência marcante
como a do Gey favorece. Com o final do dia, ficou a certeza de que outros
aniversários virão para comemorar os avanços que um CAPS AD numa metrópole como
Salvador haverá de realizar.
Tom Valença
Fotos: Equipe do Gey Espinheira
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Na tarde do dia 19 de junho, o CAPS Gey Espinheira abriu suas portas para a celebração da festa junina 2012. Foi um momento duplamente comemorativo, levando em conta às dificuldades que a Instituição passou recentemente e que gradualmente estão sendo superadas. Inicialmente, a festa ofereceu um espaço de acolhimento para que seus usuários usufruíssem um momento de reencontro com um dos valores mais tradicionais da cultura local, com a agradável presença de familiares, dança de quadrilha, banda formada pelos próprios usuários juntamente com funcionários, comes e bebes característicos e balaios sorteados.
Numa perspectiva mais ampliada, a
festa favoreceu que os usuários tivessem a oportunidade de reestreitar os
vínculos com a Instituição, como pôde ser visto nos pares da quadrilha – na
maioria formados por usuários e funcionários – deixando claro que a proposta de
integração social de usuários de drogas passa pelo reconhecimento de seus
valores enquanto cidadãos capazes de estabelecer fontes de prazer e relacionamento
que prescindam de substâncias psicoativas.
Nesse sentido, os usuários do serviço não apenas curtiram a festa sem
registro de intercorrências, como ajudaram na organização do evento e ao final,
parabenizaram os funcionários pela bela iniciativa.
Tom Valença
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Manifesto Espinheira Viva!
À comunidade que acredita que o investimento na
área de Saúde Mental é fundamental para assegurar a qualidade de vida dos
cidadãos, através desse manifesto, reportamos que a própria saúde mental dos
trabalhadores da área é condição básica para a otimização dos serviços
prestados. Nesse sentido, nós, funcionários do CAPS AD III Gey Espinheira nos
sentimos na obrigação de esclarecer as atuais condições de trabalho, que, por
questões estruturais, se encontram muito distante do ideal, assim comprometendo
a nossa eficiência técnica.
Inicialmente, é preciso esclarecer que esse
serviço inaugurado em agosto de 2010 em decorrência de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para funcionar 24h, nunca funcionou desse modo, pois nunca nos foram oferecidas
condições básicas para tal. Nos primeiros meses o fornecimento de alimentação
era irregular (chegando ao ponto de alguns funcionários bancarem a alimentação
dos usuários com dinheiro retirado dos seus próprios bolsos), o fornecimento de
energia elétrica era precário de forma que não era possível ligar mais de dois
condicionadores de ar ao mesmo tempo, além de não ter onde lavar a roupa. Passados quase dois anos, esses problemas foram
sanados, mas continuamos com outros problemas não menos importantes, por
exemplo: ter um telefone sem créditos para efetuar ligações, disponibilizar de um veículo que só tem
direito de abastecer 35
litros de combustível por semana, sendo recolhido para a garagem às 16h
todos os dias, além de não ser disponibilizado nos finais de semana.
Para não gastar tempo elencando infinitos
itens, ainda é preciso dizer que três sanitários estão com suas lâmpadas queimadas
desde o ano passado, e a oficina de futebol, uma das mais frequentadas pelos
usuários, tem seu funcionamento ameaçado pela ausência de um alambrado, o que
já fez com que incontáveis bolas fossem perdidas. Por último, serão citados
dois problemas incontornáveis: a equipe de higienização regularmente recebe
seus vencimentos com dois ou três meses de atraso, o que não impede que execute
suas atividades a contento - a disponibilidade dessa equipe é tamanha que
alguns dos seus membros chegam a trazer vassouras e produtos de limpeza de suas
próprias casas, pois o serviço carece desses itens. E finalizando, desde
novembro de 2011 estamos trabalhando sem preposto de segurança. A partir de
então já aconteceram seis arrombamentos a Unidade de serviço, sendo furtados diversos
equipamentos (vale citar: computador, mesa de som, instrumentos musicais, telefone,
lâmpadas de emergência, forno de micro-ondas, liquidificador e cafeteira).
Outra consequência dessa falta de segurança – mesmo que seja uma segurança em
grande parte simbólica – vem se refletindo nas vinculações dos presentes ao
serviço, pois tal falta acaba favorecendo que a equipe e os usuários estejam mais
expostos a episódios de violência. Ameaças a funcionários, porte de armas e brigas entre usuários são exemplos de alguns
desses episódios.
A pergunta que não quer calar é: como,
nessas condições, seria possível funcionar em um nível de otimização que
contemplasse um atendimento 24h? E mais, nessas condições estruturais, até o trabalho
das 8h às 18h não tem sido fácil no que se refere à manutenção e coesão da
equipe. A saúde mental desses, além de estar em relação direta com os problemas
acima citados, é posta a prova ao ter que conviver com contratos precários (que
não incluem férias, décimo terceiro, FGTS). Se a Unidade começou com 65 trabalhadores
hoje conta com 43 sem perspectiva de reposição para os que saíram. Recentemente, o gerente da Unidade entregou o cargo em uma
atitude política com o objetivo de sinalizar, de modo extremo, o engessamento operacional
que o serviço vem vivenciando.
É nessa configuração, em grande parte por acreditar
em um projeto inovador e necessário que respeita os usuários enquanto cidadãos que
a equipe do Gey vem seguindo seu caminho atribulado, mesmo quando mais do que
nunca está claro que não há apoio da rede, e até quando muitos acreditam que um
serviço com essa natureza e objetivo “não deve e não pode” dar certo – e há
interesses concretos para que propostas como a de um CAPS AD III devam ser
desacreditadas, já que desse modo, estaria sendo legitimada a federalização da internação
compulsória que levaria muitos usuários para as comunidades terapêuticas, pois
se os CAPS AD III não funcionam (e para a sociedade e principalmente para os
eleitores, não importa se não funcionam por motivos estruturais ou técnicos), gestores
e donos de muitas dessas comunidades terapêuticas que atuam no Congresso Nacional em favor
da internação compulsória, teriam seus lobbies justificados e mais facilmente
aceitos.
Nós, funcionários do Gey Espinheira
acreditamos que muito mais do que a natureza (focada no usuário e não nas
drogas que ele usa) e o objetivo (ajudar tais usuários a construir sua
cidadania), o problema central que enfrentamos se localiza em uma estrutura
precária, e que fique claro que falar sobre estrutura é afirmar que Saúde
Mental na atenção aos usuários abusivos de álcool e outras drogas antes de tudo
é uma questão de ordem política.
Tom Valença
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Política e Saúde Mental na pauta do Gey Espinheira
Tom Valença
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Espinheira Viva!
Apresentação da banda Espinheira Viva! no CAPS Gey Espinheira no Dia Cultural (30/07/2011). A música apresentada é Kaya da autoria de Rafael de Melo e Gilmar Soró. A banda é formada por usuários do serviço, funcionários e alguns amigos.
Voz: Rafael de Melo
Violão e voz: Márcio Dutra
Guitarra: Miguel Franco
Baixo: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão e vocal: Edilton dos Santos
Percussão: William Oliveira
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins
Espinheira Viva!
A banda Espinheira Viva! em apresentação no Dia Cultural em 30/07/2011 no CAPS Gey Espinheira. A música Não há Nada foi composta por Márcio Dutra. A banda é formada por usuários do serviço, funcionários e amigos.
Violão e voz: Márcio Dutra
Baixo: Miguel Franco
Teclado: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão: Edilton dos Santos
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins
Teclado: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão: Edilton dos Santos
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins
Espinheira Viva!
A banda Espinheira Viva! em apresentação no Dia Cultural em 30/07/2011 no CAPS Gey Espinheira. A música O que Vale foi composta por Márcio. A banda é formada por usuários do serviço, funcionários e amigos.
Violão e voz: Márcio Dutra
Voz: Rafael de Melo
Guitarra: Miguel Franco
Baixo: Gil Meireles
Bateria: Hermógenes Araújo
Percussão: Edilton dos Santos
Fotografia: Tom Valença
Áudio: João Martins
sexta-feira, 22 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
O CAPS Gey Espinheira no São João do CAPS Nise da Silveira
No dia 16/06 o CAPS Gey Espinheira participou do São João realizado pelo
CAPS Nise da Silveira em Cajazeiras, junto com outros CAPS convidados. A equipe do Gey Espinheira participou da comemoração com alguns usuários do serviço.
Foi uma festa arretada de boa, São João dos verdadeiros, onde houve
brincadeiras como dança da laranja, quebra pote, argola, bingo com sorteio
de balaios recheados de comidas típicas, sem falar nas deliciosas opções de guloseimas como amendoim, milho cozido, canjica, mingau de vários sabores, laranja e bolos de todos os tipos. E é claro que não podia faltar a quadrilha junina. Belo rastapé!
CAPS Nise da Silveira em Cajazeiras, junto com outros CAPS convidados. A equipe do Gey Espinheira participou da comemoração com alguns usuários do serviço.
Foi uma festa arretada de boa, São João dos verdadeiros, onde houve
brincadeiras como dança da laranja, quebra pote, argola, bingo com sorteio
de balaios recheados de comidas típicas, sem falar nas deliciosas opções de guloseimas como amendoim, milho cozido, canjica, mingau de vários sabores, laranja e bolos de todos os tipos. E é claro que não podia faltar a quadrilha junina. Belo rastapé!
Janaina Costa
Fotos: Janaina Costa
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