Em 21/05/11, numa manhã de sábado no bairro da Barra, a 4◦ Parada do Orgulho Louco transcorreu com a adesão de cerca de mil e quinhentas pessoas. O céu carregado de nuvens não chegou a desaguar de forma intensa no trajeto compreendido entre o Cristo e o Farol o que facilitou a adesão dos transeuntes à Parada, em grande parte organizada por usuários de serviços de saúde mental em luta pela efetivação da Reforma Psiquiátrica – vale ressaltar a presença fundamental do Coletivo antimanicomial da Bahia na articulação do evento. Palhaços, malabaristas, menestréis e dançarinas realizaram diferentes manifestações de apoio ao movimento antimanicomial, ao lado de funcionários de vários CAPS e outros serviços de Saúde Mental, tendo como trilha sonora as músicas de Raul Seixas tocadas pela banda Sombra Sonora, que usou como palco um Trio Elétrico. Integrantes da equipe do Gey Espinheira acompanhando alguns usuários do serviço estiveram presentes na Parada. Estes usuários, depois do estranhamento inicial em relação à multidão, se sentiram acolhidos pelo movimento de pessoas cantando, dançando e celebrando a possibilidade de dar voz aos que até algum tempo atrás não tinham espaço para veicular suas vozes. Nesse sentido, um dos bordões “raulseixistas” mais entoados pela galera foi: “sonho que se sonha só/ é só um sonho que se sonha só/ mas sonho que se sonha junto é realidade!”.
Tom Valença
Fotos: Alessandra Tranquilli/ Fernando Costa
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